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As manhãs de terças e quintas-feiras dos idosos do Centro Integrado da Pessoa Idosa Antônio Rodrigues (Cipiar) é de movimentação. Nesses dois dias, um grupo de 13 estagiários do 9º período do curso de fisioterapia da Faculdade Anhanguera visita nove idosos para realizar exercícios de mobilidade e reabilitação.
A monitora de estágio, Flávia Petri, conta que essa parceria com a prefeitura proporciona a prática clínica para os alunos e proporciona bem-estar aos pacientes.
“Dentro do Cipiar, a gente trabalha a fisioterapia motora, que é a parte da reabilitação com o intuito de trazer uma melhora da funcionalidade desses pacientes, torná-los mais ativos. Hoje, eles são debilitados, fazem uso de cadeira de rodas e, aí, o nosso objetivo aqui é fazer com que esses idosos voltem a andar com maior facilidade, fazendo com que eles fiquem mais ativos”, elucida.
A triagem de quais idosos necessitam do atendimento é realizada por uma equipe multiprofissional, composta por um médico, técnicos de enfermagem, assistente social e pela enfermeira Rute Oliveira, lotada no Centro.
“A gente tem essa troca, esse diálogo, mas no que diz respeito a essa triagem inicial, sou eu e o médico. Todos eles precisam de fisioterapia, porque a fisioterapia vai muito além de recuperar. Nós vemos qual idoso tem essa determinação pra fazer a fisioterapia e encaminhamos. A gente trabalha muito nisso, de manter o que está funcionando e recuperar o que foi perdido”, comenta.
A enfermeira Rute relata que o atendimento tem dado resultados. Ela declara ainda que quando não há sessões, os próprios idosos cobram. “A gente tem, por exemplo, o seu José Gonçalves, que vem e cobra da gente. O seu Zé chegou pra gente com uma mão paralisada do lado direito, que é uma sequela do Acidente Vascular Cerebral e hoje, aos poucos, ele já está conseguindo levantar da cadeira, fazer a transferência da cadeira pra a câmera, ele faz sozinho sem ajuda. São pequenas grandes vitórias que a gente consegue observar. Isso traz vida de volta a eles”, frisa.
E por falar no seu José Gonçalves, o aposentado comenta o quanto os exercícios tem ajudado a vida dele. “Gosto muito de fazer os exercícios. Estou quase saindo dessa cadeira de rodas. Eu faço as coisas que eles mandam direitinho”, pontua.
Entre os 13 estagiários de fisioterapia, que promovem o atendimento, está Isabella Silva. Ela conta que atuar no Cipiar tem sido uma experiência enriquecedora. “Ter esse contato com o paciente é algo fundamental para o nosso desenvolvimento como acadêmicos. Esse contato com esses pacientes vai muito além da questão profissional, como também humanística, porque acabamos criando um vínculo com o paciente. Então, eu creio que isso também é algo fundamental para o nosso desenvolvimento como acadêmicos”, informa.
Ela descreve que as técnicas aplicadas são de fisioterapia motora, que envolve mobilizações, alongamentos, exercícios de fortalecimento, que são fundamentais para esses pacientes. “Visto que muitos são cadeirantes, muitos têm problemas em decorrência do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e outros problemas neurológicos que afetam diretamente a questão motora. Então, a fisioterapia é fundamental para esses pacientes, justamente para a questão da reabilitação, que promove a saúde e qualidade de vida”, enfatiza.
O estudante Igor Batista já atuava na clínica-escola e começou a estagiar também no Cipiar. “É uma experiência nova estar aqui, nesse cuidado dos idosos. Sempre gostei dos idosos. Eles gostam muito da gente. Ajudamos eles na questão de equilíbrio e força. Aí com isso vai só aprimorando cada vez mais o contato com o idoso. O mais importante é melhorar o estilo de vida do idoso e do paciente”, finaliza.
Instituições que queiram ser parceiras do Cipiar, o telefone do centro é 94 98421-1479 e e-mail [email protected]
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Paulo Sérgio
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