Na manhã de hoje, amigos e familiares do idoso Manoel dos Reis, que morreu atropelado no domingo (9) em Marabá, realizaram um protesto na Avenida Tocantins, em frente ao restaurante "Trem Mineiro", de propriedade da família do motorista responsável pelo acidente. Cerca de 200 pessoas, em carros e motos, seguiram o cortejo fúnebre com buzinaços. A segunda parada do protesto foi em frente ao fórum da cidade, onde mais uma vez exigiram justiça.
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O motorista Arthur Fernandes de Andrade, que atropelou e matou Manoel, de 83 anos, foi liberado após pagar uma fiança de R$ 53.130,00 (35 salários mínimos) menos de 24 horas depois de ser preso. A decisão do juiz gerou revolta na comunidade local. O caso foi inicialmente encaminhado à 1ª Vara Criminal, mas foi transferido para a 2ª Vara, conforme uma resolução sobre crimes de trânsito em Marabá.
Arthur dirigia uma caminhonete em alta velocidade pela Rua Antônio Araújo, quando atropelou Manoel, que estava em frente de casa, além de colidir com outra pessoa e atingir dois carros e uma moto. Após o acidente, o motorista fugiu sem prestar socorro, mas foi preso pela Polícia Militar quando foi identificado com a caminhonete danificada, circulando pela Avenida Tocantins.
Testemunhas relataram que Arthur estava visivelmente embriagado e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Investigações revelaram que ele havia bebido horas antes do acidente, e o delegado Luiz Antônio o indiciou por homicídio qualificado, com base no "dolo eventual", caracterizando o ato como um crime onde o motorista assumiu o risco de matar ao dirigir embriagado.
Durante o exame de corpo de delito no IML, Arthur foi hostilizado por familiares de Manoel, que o chamaram de “assassino” e demonstraram indignação pela tragédia causada pela embriaguez ao volante.
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