Marabá, maio de 2025 – A aposentada Izaura Alves, de 89 anos, é símbolo da resistência de uma geração. Ativa, cuidadora dos netos e amante da leitura, ela ainda cultiva feijão e quiabo no sítio da família. Mas, como milhões de brasileiros, convive com um inimigo silencioso: a hipertensão arterial. Seus fiéis companheiros são os medicamentos Losartana e Hidroclorotiazida, que ela retira no posto de saúde ou compra por conta própria, quando estão em falta.
Izaura Alves - Aposentada
Assim como Dona Izaura, milhares de brasileiros precisam controlar a pressão com medicamentos. Uma pesquisa recente da ALANAC (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais) revelou que 4 dos 10 medicamentos genéricos mais vendidos no Brasil são voltados ao tratamento da hipertensão. Em primeiro lugar no ranking está a Losartana, seguida por Hidroclorotiazida, Enalapril e Atenolol.
Para o cardiologista João Paulo Maia, professor da Facimpa | Afya, em Marabá, esses dados não surpreendem. “A hipertensão afeta 27,9% dos adultos brasileiros, e entre os idosos com mais de 65 anos, esse índice salta para 60,9%, segundo a Pesquisa Vigitel 2023”, afirma o especialista.
João Paulo - Cardiologista
Segundo o médico, a hipertensão é uma doença crônica e silenciosa, mas que pode trazer consequências devastadoras se não for tratada corretamente. “Insuficiência cardíaca, doença renal, infarto e AVC são algumas das complicações mais comuns. E não podemos esquecer: a hipertensão mata 388 pessoas por dia no Brasil”, alerta Dr. João Paulo.
Além dos remédios para pressão alta, a lista dos mais vendidos inclui outros medicamentos de uso frequente, como o analgésico Dipirona, o anti-inflamatório Nimesulida e os medicamentos para disfunção erétil Tadalafila e Sildenafila. Um dado curioso chama atenção: o uso indiscriminado da Tadalafila como “pré-treino milagroso” tem crescido nas academias, prática que não tem respaldo científico.
“A Tadalafila é um vasodilatador indicado para disfunção erétil e hipertensão pulmonar, e não deve ser usada para fins esportivos. O uso inadequado pode ser perigoso”, adverte o cardiologista.
Outro alerta feito pelo especialista é sobre a automedicação, favorecida pelo baixo custo e facilidade de acesso aos genéricos. “Ela mascara sintomas, retarda diagnósticos, e pode causar reações adversas, intoxicação hepática e renal, além de dependência física e psicológica”, diz Dr. João Paulo. A escassez de vagas com especialistas na rede pública contribui para o problema, segundo ele.
Entre fevereiro e abril de 2025, 227 pacientes passaram por atendimentos gratuitos na cardiologia da Facimpa | Afya, em Marabá. “Apesar das dificuldades, é fundamental buscar atendimento médico antes de iniciar qualquer tratamento. E acima de tudo, hábitos saudáveis são o melhor remédio”, conclui o cardiologista.
A Afya é o maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, com 38 Instituições de Ensino Superior e mais de 23 mil médicos formados. Primeira empresa de educação médica brasileira a abrir capital na Nasdaq, em 2019, a Afya oferece soluções digitais como o Whitebook, iClinic e Afya Papers, alcançando 1 em cada 3 médicos ou estudantes de medicina no país.
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